Roubos e furtos na Cracolândia caem 19% na segunda semana de abril
Os roubos e furtos na região da Cracolândia, no centro da capital paulista, caíram 19% entre os dias 10 e 16 de abril em comparação com a semana anterior. O resultado vem após o reforço em 30% no policiamento ostensivo e preventivo e a intensificação das investigações.
A constatação foi feita por meio do Diagnóstico Criminal Região Central – Cenas Abertas de Uso, nova ferramenta criada pelo Governo de São Paulo com a intenção de ampliar a transparência de dados, além da análise e elaboração de políticas públicas. A plataforma pode ser acessada por toda população através do site da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
De acordo com a pasta, os roubos e furtos vêm caindo semana a semana. Em relação aos roubos, foram 160 casos registrados entre os dias 27 de março e 2 de abril. Na semana seguinte, de 3 a 9 de abril, a redução foi de 22%, com 150 casos. Já na última semana, foram 136 registros de roubos na região central, queda de 9%.
Os furtos seguiram a mesma tendência: na primeira semana de abril, foram registrados 311 ocorrências, enquanto na segunda semana, foram 242 casos: uma redução de 22%. Na semana passada, foram 183 roubos, diminuição de 24% em relação à semana anterior.
A Secretaria da Segurança Pública tem intensificado o combate à criminalidade nas chamadas cenas abertas de uso de entorpecentes na região central. Hoje, são mais de 120 policiais nas ruas, além do policiamento de área já existente, sendo 80 homens só em motocicletas.
Diante disso, no primeiro trimestre do ano, 1.861 pessoas foram presas na região central da capital paulista, um aumento de 53% na comparação com o mesmo período do ano passado. Só na semana passada, foram 39 presos.
Apesar disso, de acordo com análise feita pela SSP, 34% dos presos por furto e 57% dos presos por receptação nos primeiros meses do ano na região central de São Paulo retornaram às ruas nos dias seguintes.
Um exemplo foi o que ocorreu com 10 suspeitos presos por furto na semana do dia 10 a 16 de abril. Somente três deles tiveram a prisão preventiva decretada, os outros seis foram liberados.
Com esse diagnóstico, a Secretaria da Segurança Pública tem feito reuniões com o Poder Judiciário, a fim de encontrar soluções de maneira conjunta. Uma delas foi a criação do Sistema de Informações e Prevenção à Reiteração Criminal (SP Recrim), que reunirá informações sobre prisões, antecedentes criminais, processos e procedimentos investigatórios, entre outros dados.
Com as informações coletadas pelo sistema, através de um Termo de Cooperação assinado com o Judiciário, o Tribunal de Justiça poderá ser comunicado pela Polícia Militar sobre crimes cometidos por condenados no regime aberto. Com isso, a Justiça ganhará subsídios para decidir pela regressão ou não da pena.
Além disso, através de uma parceria entre a SSP e a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), estão sendo disponibilizadas cerca de 200 tornozeleiras eletrônicas para que os juízes responsáveis pelas audiências de custódia na capital possam determinar o monitoramento eletrônico dos processados que forem soltos após a realização das audiências. O objetivo é auxiliar na prevenção da reincidência criminal, inclusive para agressores presos por violência doméstica.
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