Defesa Civil de SP discute no Japão estratégias para gestão de risco de desastres
O Governo de São Paulo enviou uma comitiva da Defesa Civil ao Japão para participar de um fórum de discussões sobre prevenção e resposta a desastres.
O Understanding Risk Global 2024 acontece em Himeji, na província de Hyogo, e reúne gestores e especialistas de diferentes lugares do mundo para compartilhar conhecimentos e apresentar tecnologias avançadas utilizadas na gestão de risco de desastres.
Liderada pelo coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel PM Henguel Ricardo Pereira, a participação do governo paulista no evento busca promover o aprimoramento das estratégias do estado na forma de atuar em ocorrências de extremos climáticos e desastres naturais, minimizando seus impactos.
“Nós estamos trabalhando no amadurecimento da concepção de risco na população, porque queremos que os fenômenos naturais não se tornem tragédias e desastres. Esse é o conceito de prevenção que trabalharemos forte em São Paulo, baseado no Japão, um dos países mais resilientes do mundo”, afirma Henguel.
O objetivo é trazer conhecimento, tecnologias e boas práticas que possam ser adaptadas à realidade do estado e de todo o Brasil, uma vez que São Paulo preside atualmente o Conselho Nacional de Gestores Estaduais de Proteção e Defesa Civil (Congepdec).
O Japão é considerado modelo mundial na Gestão de Risco de Desastres (DRM, na sigla em inglês), devido à exposição a diversos tipos de desastres naturais. O país asiático aprimorou suas práticas após o terremoto que atingiu a província de Hyogo em 1995 e causou mais de 6 mil mortes.
Diante disso, a comitiva paulista terá a oportunidade de ter contato com as avançadas práticas japonesas, incluindo o uso de tecnologias de ponta em sistemas de alerta precoce e exercícios de simulação.
Além da participação do fórum, o grupo fará uma visita técnica ao Disaster Reduction and Human Renovation Institution (DRI) em Kobe. O DRI é uma instituição dedicada à pesquisa, educação e promoção de práticas de redução de desastres, com foco em melhorar a resiliência das comunidades diante de catástrofes naturais, com importância destacada pela atuação em prevenção e mitigação de desastres, bem como na recuperação e renovação pós-desastre.
A visita da comitiva tem como objetivo conhecer as metodologias e tecnologias aplicadas pelo DRI, visando aprimorar as práticas de gestão de desastres em São Paulo.
Gestão de Risco de Desastres
O objetivo da DRM é criar comunidades mais resilientes e capazes de se recuperar rapidamente de eventos adversos, minimizando perdas humanas, econômicas e ambientais.
As principais áreas de foco da DRM incluem:
- Identificação de Riscos: avaliação de possíveis ameaças e suas probabilidades.
- Prevenção e Mitigação: implementação de medidas para reduzir a vulnerabilidade e os impactos dos desastres.
- Preparação: Desenvolvimento de planos de emergência, treinamento e capacitação de equipes e comunidades.
- Resposta: Ações imediatas durante e após um desastre para salvar vidas e reduzir danos.
- Recuperação: Processos de reconstrução e restauração das áreas afetadas.
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