Fiscalização de fumaça preta da Cetesb fiscaliza veículos movidos a diesel
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) promoveu na terça-feira (11) a primeira ação da Operação Inverno 2024 com a realização de uma fiscalização simultânea em 21 pontos localizados nas principais rodovias do estado. No total foram 35.466 veículos movidos a diesel fiscalizados, com 35.021 aprovados e 445 penalizados, por emissão de fumaça preta acima do permitido pela legislação ambiental.
O diretor de Controle e Licenciamento Ambiental, da Cetesb, Adriano Queiroz, destacou o avanço ao longo dos anos, resultado da fiscalização e do crescimento da conscientização ambiental. “Nas operações feitas na década de 90, quatro em cada 10 veículos movidos a diesel estavam em desconformidade. Hoje, o percentual gira em torno de 5%. O fato se deve aos avanços tecnológicos da indústria automotora e a uma melhor qualidade dos combustíveis”, avalia.
Adriano explica que além da fiscalização de fumaça preta, a Cetesb desenvolve ações educativas junto aos condutores de veículos, em parceria com as associações de empresas de transporte de carga, para orientação da manutenção correta dos caminhões, com consequente redução de emissão de poluentes na atmosfera “Esse trabalho é essencial, uma vez que no estado de São Paulo temos sete milhões de veículos circulando pelas estradas”, prossegue.
No ponto instalado no Rodoanel Mário Covas, trecho Oeste, km 13,5, em Barueri, houve a abordagem de caminhões, com apoio da Polícia Militar Rodoviária, para a medição de opacidade, através do Opacímetro (equipamento que permite, por meio de um feixe de luz, avaliar a densidade da fumaça e o adequado uso do ARLA 32, fluido automotivo atuante nos sistemas de exaustão, como agente redutor de até 98% das emissões dos gases poluentes). Todos os veículos parados e testados foram aprovados.
Os veículos movidos a diesel, que estão desregulados e circulam emitindo fumaça preta, podem ser autuados em 60 UFESPs – equivalente, em 2024, a R$ 2.121,60. Para constatar a emissão excessiva, os técnicos da Cetesb utilizam a Escala de Ringelmann, uma régua gráfica para avaliação visual, com tonalidades que vão do branco ao preto.
“Hoje, além da fumaça preta, parte visível da poluição estão sendo avaliados, também, os óxidos de nitrogênio. O intuito, que vai além da penalidade, é o de alertar os condutores e proprietários da importância em manter o veículo a diesel regulado, explica Vanderlei Borsari, gerente da divisão de Emissões veiculares.
Para incentivar a manutenção, a Cetesb oferece a possibilidade de redução da multa em até 70%, desde que o veículo não tenha sido autuado nos doze meses anteriores. Para isso, o proprietário deve apresentar a solicitação em até 60 dias após o recebimento da penalidade e comprovar a regularização por intermédio do Relatório de Emissão de Opacidade (RMO) emitido por uma empresa pertencente à rede de unidades operacionais capacitadas pela Cetesb.
A operação contou com participação dos técnicos das diretorias de Engenharia e Qualidade Ambiental e de Controle e Licenciamento Ambiental, da Cetesb, e com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, além de agentes das concessionárias das rodovias.
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