Sintomas de dengue, chikungunya e Zika: saiba as diferenças e as possíveis complicações
Transmitidas principalmente por mosquitos, as arboviroses são doenças virais que colocam em risco quase 4 bilhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, existe ampla circulação no meio urbano de dengue, chikungunya e Zika, enfermidades que podem ser contraídas por meio da picada do Aedes aegypti infectado. Só entre janeiro e maio de 2024, o país confirmou 3,3 milhões de casos de dengue, um dos maiores surtos da história, além de 111 mil casos de chikungunya e 372 de Zika.
Essas doenças têm se tornado uma preocupação cada vez maior em todo o mundo, especialmente devido às mudanças climáticas, que favorecem a disseminação dos mosquitos. Em 2022, a OMS lançou a Iniciativa Global contra os Arbovírus, unindo esforços para o monitoramento de risco, prevenção de epidemias, controle dos vetores, preparação de respostas rápidas e incentivo à pesquisa e inovação.
Apesar de serem assintomáticas na maioria das vezes, dengue, chikungunya e Zika podem apresentar sintomas muito parecidos. Com isso, diferenciar as infecções pode ser um grande desafio. Os próprios testes hoje disponíveis acabam, muitas vezes, gerando reação cruzada e dificultando o diagnóstico preciso.
As principais particularidades observadas em cada doença é que, no caso da dengue, a febre alta (40°C) de início súbito está sempre presente; na chikungunya, as dores articulares são muito mais fortes; e na infecção por Zika, a febre é baixa e há muitas manchas vermelhas no corpo acompanhadas de coceira intensa.
Os sinais de alerta da dengue são dor abdominal intensa, vômitos persistentes ou com sangue, respiração ofegante, sangramento de mucosas, fadiga e desidratação. Se não tratados, podem levar a um quadro grave com hemorragias ou choque (colapso circulatório e falência múltipla dos órgãos).
Já a chikungunya é uma doença menos grave, mas que pode deixar dores articulares crônicas como sequela. Por outro lado, a maior preocupação do Zika é a microcefalia que acontece em bebês de mães infectadas durante a gestação.
Como não existe remédio específico para combater nenhum desses vírus, o tratamento para as três doenças é baseado em repouso, hidratação e medicamentos para amenizar os sintomas. Vale lembrar que se deve evitar anti-inflamatórios não esteroides, que podem favorecer sangramentos.
Conheça os sintomas de cada doença no quadro abaixo:
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