Palácio Boa Vista celebra 60 anos com novas exposições e atividades culturais

Palácio Boa Vista, em Campos do Jordão, recebe autorretrato de Tarsila do Amaral

O Palácio Boa Vista, localizado em Campos do Jordão, comemora 60 anos no mês de julho e recebe a população com duas exposições a partir de amanhã (6). Com 11 obras de Tarsila do Amaral, a mostra “Centenário Autorretrato I de Tarsila do Amaral” traz um panorama da produção da artista, passando por suas diferentes fases, que vão desde sua formação até meados dos anos 1950.

Já a mostra “Olhar a Terra, Ver o Céu” inaugura uma nova sala do palácio dedicada a exposições temporárias de artistas contemporâneos convidados, reunindo nessa primeira oportunidade 59 paisagens em pequeno formato feitas por quatro artistas contemporâneos.

Exposição “Olhar a Terra, Ver o Céu”, no Palácio Boa Vista, em Campos do Jordão

Além das exposições, serão realizadas atividades educativas e culturais gratuitas nos finais de semana, com oficinas e bate-papo com a curadora e os artistas convidados. O palácio está aberto de quarta-feira a domingo, das 10h às 12h e das 14h às 17h, com permanência até às 17h30.

“É um importante equipamento cultural da cidade de Campos Jordão e pretendemos ampliar sua ação com a sociedade, trazendo artistas contemporâneos e potencializando atividades que tornem esse espaço parte do dia a dia da população jordanense e ampliem sua importância cultural e turística”, explica a Curadora do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios, Rachel Vallego.

Palácio Boa Vista completa 60 anos desde sua inauguração

Construído para ser a residência de inverno oficial do governador, em 1970 foi declarado “Monumento Público do Estado de São Paulo” e se tornou palácio-museu aberto à visitação pública, recebendo no mesmo ano, em seu salão nobre, o primeiro evento “Concertos de Inverno”, que viria a se tornar o atual “Festival de Inverno de Campos do Jordão”. Desde então, segue promovendo arte, cultura e história às milhares de pessoas que o visitam todos os anos.

Currículo da Curadora

Rachel Vallego é a Curadora do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo desde setembro de 2023. É Doutora em Estética e História da Arte pela Universidade de São Paulo (2019), mestra em Artes (2015) e graduada em Artes Plásticas pela Universidade de Brasília (2012). Realiza pesquisa sobre arte moderna e contemporânea, com ênfase nos processos de consagração do Modernismo e o mercado de arte durante a década de 1970.

Entre 2016 e 2018 foi assistente de curadoria de Denise Mattar. De 2020 a 2023 foi Coordenadora de Conteúdo para Base7 Projetos Culturais, realizando exposições nacionais e internacionais como: “Brasilidade Pós-Modernismo” (2021-2022); “Ideias: O Legado de Giorgio Morandi” (Prêmio APCA melhor exposição internacional 2021); “Chiharu Shiota Linhas da Vida” (2020), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Em 2021, participou do grupo de curadores da exposição “Projetos para um cotidiano moderno: Brasil 1920 – 1960”, MAC-USP. Pesquisadora para exposição “Moderno Onde? Moderno Quando? A Semana de 22 como motivo”, com curadoria de Aracy Amaral e Regina Teixeira de Barros, realizada em 2021, no MAM-SP. Em 2022, foi assistente de curadoria de Aracy Amaral na exposição “José Cláudio: uma trajetória”, na galeria Nara Roesler; curadora da exposição “EntrePanos: rupturas do moderno e contemporâneo”, na Casa Fiat de Cultura, BH e recebeu Menção Honrosa no concurso APEX Brasil “EXPO OSAKA 2025”, pelo projeto de curadoria para o escritório ARQBR. Em 2023, foi curadora adjunta de Ana Avelar na exposição “Ohtakes: Abstração Intuitiva”, realizada na Casa Caldas, Brasília, e curadora da exposição “Rastro dos Restos”, de Ricardo Ribenboim, no MAC-USP.

Coordenadora de projetos e produção do grupo de pesquisa Academia de Curadoria, UnB, responsável pelo desenvolvimento do projeto ARTEMIDIAMUSEU, coleção de arte digital para o Museu Nacional de Brasília, realizando as exposições virtuais “Segue em anexo”, “Arquivo Indisponível”, “Aceitar e Continuar” e a exposição presencial “Atualização do Sistema”, no Museu Nacional de Brasília, de dez/2023 a mar/2024.

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